Às De Espadas, de Faridah Àbíké-Íyímídé (2021)
Que livro!
Decidi ler este livro porque via muitas páginas de Instagram dedicadas à leitura a falar deste livro. Quando li o resumo, achei que seria um livro de adolescentes e que eu não seria o público alvo. No entanto, e olhando para a pontuação que tem no GoodReads, decidi apostar - as pessoas devem ter razão.
Comecei a leitura num sábado de manhã e devorei logo uma data de páginas. No início era mesmo uma história de adolescentes, numa secundária privada. Os protagonistas são negros, Chiamaka e Devon, únicos negros na escola, mas ambos com imenso sucesso escolar e com futuros promissores.
No entanto, aparece uma personagem, o Ases, que envia mensagens anónimas a contar alguns dos piores segredos de ambos os protagonistas. Começam também a perder as suas amizades e começam a fazer de tudo para descobrir quem é o culpado por trás do Ases.
Ao longo das páginas, conseguimos torcer a 100% pela Chiamaka e Devon, sendo que nenhum deles são os clássicos protagonistas bonzinhos, mas é impossível ficar indiferente a todo o racismo que eles estão a sofrer.
O mistério, no fim revelado, é de uma injusta imensa e, apesar de ser sempre uma história para jovens adultas, está super bem contada, a escritora tornou a narrativa perfeita, sempre com vontade de ler mais e de perceber que raio se passa naquela escola privada onde os nossos alunos andam.
A história não é baseada em factos reais, é tudo fruto da imaginação de Faridah, mas é um exagero daquilo que ela sente quando se muda para a universidade, onde passa dias sem ver uma outra pessoa negra. É uma excelente chamada de atenção aos nossos jovens e de mudar mentalidades racistas.
Recomendo a 100%, a jovens adultos e a graúdos.
Classificação: 5 / 5